Acnur adotou imagens de satélite, mapeamento interativo e mensagens de texto para contatar refugiados em áreas urbanas.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, está a utilizar tecnologia digital para realizar o primeiro registo biométrico de refugiados o Sudão do Sul.
Em comunicado, divulgado nesta quinta-feira, a agência da ONU informou que o recurso da alta tecnologia está a mudar todas as esferas de intervenções humanitárias.
Entrega de Bens
Para levar a cabo a tarefa, o Acnur lançou mão a mensagens de texto, mapeamento interativo e de imagens de satélite para conctatar refugiados em áreas urbanas.
A agência informou que quase 200 mil refugiados foram registados na base de dados padrão do Acnur, e que com a ajuda da biométrica será possível identificar as pessoas e agilizar a prestação de ajuda, mais rapidamente.
No acampamento de Yida, considerado o maior do Sudão do Sul o registo biométrico está a evitar duplicações e a ajudar a planear a entrega de bens com maior eficiência.
Mulheres e Crianças
O campo tem 65 mil pessoas, e por estar localizado próximo da fronteira, vários refugiados têm arriscado a própria vida ao voltar a casa e transportar os parentes a um lugar seguro. Mais de 70% dos moradores do local são mulheres e crianças.
Com a ajuda da alta tecnologia, o Acnur também está a documentar a situação de refugiados mais carentes como grávidas e mães que estão a amamentar. Desta forma também, várias agências humanitárias podem ajudar no processo de assistência em outras áreas.
Com o mapeamento, calculam-se melhor as distâncias para postos de saúde e centros de atendimentos para idosos e crianças. O sistema é um avanço para mais de 6 mil refugiados espalhados por Juba, capital do Sudão do Sul, e que por falta de comunicação não podem ser assistidos com rapidez por dificuldades de localização.
*Apresentação: Eleutério Guevane.