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Unesco deplora onda de destruições de mausoléus em Timbuktu

Unesco deplora onda de destruições de mausoléus em Timbuktu

Agência lança apelo à comunidade internacional, para garantir medidas necessárias para proteger os bens do património do país da África Ocidental.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

A diretora-geral da Organização da ONU para a Educação, Ciência e Cultura, Unesco, manifestou “choque profundo” com a persistente destruição de mausoléus na cidade maliana de Timbuktu.

Neste domingo, a agência deu conta de relatos da perda de pelo menos três tumbas na considerada capital intelectual, espiritual e centro de propagação do Islão de África, durante os séculos 15 e 16.

Documentos

Forças rebeldes que controlam o norte do país são responsabilizadas por saques de centros contendo milhares de livros antigos e documentos.

Na nota, emitida esta segunda-feira, Irina Bokova lembra o compromisso da agência com o património maliano, desde que ocorreu a primeira onda de destruições de mausoléus, em Julho.

Património

A ação levou ao envio de duas missões de emergência da Unesco para avaliar os danos. Ao mesmo tempo, o Comité do Património Mundial adotou uma resolução para a criação de um fundo de emergência para a reabilitar e conservar o património maliano.

Bokova lançou um pedido urgente à comunidade internacional, para que  que garanta que sejam tomadas todas as medidas necessárias para proteger os bens do património do país da África Ocidental.

Missão

Na semana passada, o Conselho de Segurança autorizou o envio da Missão Internacional de Apoio ao Mali, a ser liderada pelo continente africano.

De acordo com a ONU, a Afisma  deve “ajudar as autoridades na recuperação de regiões controladas pelos rebeldes no norte do país e restaurar a integridade” nacional do país  num período inicial de um ano.