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Acnur quer apoio contínuo aos refugiados no Quénia, após ataques

Acnur quer apoio contínuo aos refugiados no Quénia, após ataques

Agência da ONU preocupada com episódios envolvendo somalis e quenianos; lançado pedido de cautela com relação entre os incidentes e a estigmatização de refugiados e candidatos a asilo.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

O Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur, disse estar preocupado com recentes incidentes que teriam resultado na morte de cidadãos nacionais e refugiados no Quénia.

Em nota, emitida esta quinta-feira, a agência condena os ataques e declara solidariedade às vítimas, ao povo e governo do país.

Acampamentos 

Agências noticiosas apontam que pelo menos 13 pessoas morreram, após ataques à granada levados a cabo em áreas com grande número de pessoas de etnia somali do nordeste e dos distritos municipais da capital queniana, Nairobi.

De acordo com as informações, milhares de refugiados somalis teriam recebido ordens para deixar as áreas urbanas  paraseguir para  acampamentos remotos e superlotados.

Estigmatização

O Acnur observou comunicados públicos que teriam feito ligação entre a presença de refugiados e os ataques no Quénia. A agência pede cautela contra a estigmatização de refugiados e dos candidatos a asilo.

Segundo o Acnur, 630 mil pessoas estão refugiadas no Quénia, sendo mais de meio milhão proveniente da Somália.

Asilo

O Acnur refere que o governo queniano teria decidido interromper a recepção e o registo de pessoas que buscam asilo em Nairobi, prosseguindo com as atividades nos campos de refugiados em Dadaab e Kakuma.

A agência da ONU apela ao governo do Quénia que continue a apoiar os direitos dos refugiados, que foram para o país em busca de proteção. O Acnur diz contar com as autoridades para garantir que o asilo no Quénia continue à luz dos padrões internacionais.

*Apresentação: Eleutério Guevane.