Em Doha, especialistas debatem imposto ambiental sustentável
Organizadores defendem conjunto de medidas para promover economias verdes e inclusivas; encontro recomenda políticas integradas para lidar com potenciais implicações sociais da taxa.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A simplicidade e a rentabilidade devem ser levadas em conta para conceber uma estrutura de uma imposto ambiental, refere um grupo de peritos participantes na Conferência sobre Mudanças Climáticas de Doha, COP 18.
Um evento sobre o tema foi realizado à margem do encontro mundial, que encerra esta sexta-feira, no Qatar. Segundo os organizadores, a série de medidas discutidas para a taxa visa promover economias verdes e inclusivas.
Emissões
Em Julho, a ONU contemplou um imposto sobre emissões de dióxido de carbono, CO2, em países desenvolvidos como parte da proposta prevendo várias de taxas para permitir a cooperação mundial.
Em Doha, a reunião recomendou, igualmente, políticas integradas para lidar com potenciais implicações sociais do imposto ambiental.
Desafios
Promovida pela Comissão Económica da ONU para a América Latina, Cepal, e a Câmara de Comércio Internacional, ICC, a reunião foi realizada para criar bases para entender os desafios e oportunidades da taxa.
O chefe da Unidade das Mudanças Climáticas da Cepal, Luís Miguel Galindo, lembrou que devem ser garantidas infraestruturas de baixo carbono, além de uma regulação consistente e políticas públicas adequadas.
A Comissão de Impostos da ICC alertou para “o perigo de estas aumentarem o custo de tributação com benefícios ambientais limitados.” Para tal, pediu maior eficiência nas políticas ambientais baseadas em objetivos específicos.