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Unido aponta subida ligeira da produção industrial africana

Unido aponta subida ligeira da produção industrial africana

Relatório indica que produção total do continente atingiu 2,6%; destacada subida da África do Sul com 2,9% contrariamente à queda do Egito.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque. 

A Organização da ONU para o Desenvolvimento Industrial, Unido, apontou um crescimento lento da indústria global no terceiro trimestre deste ano. A informação consta de um relatório, divulgado esta segunda-feira, em Viena, que indica a diminuição das perspetivas de uma recuperação global no setor.

A produção cresceu 2,2% relativamente ao mesmo período do ano passado. A taxa é considerada a menor registada desde 2009.

Incerteza

Para as tendências do primeiro semestre contribuíram fatores como o crescimento na América do Norte, na Ásia Oriental, nos países em desenvolvimento ao contrário da incerteza na Europa.

O relatório mostra um abrandamento da indústria africana, considerada dependente das  exportação de produtos primários transformados para a Europa.

África

A produção total do continente, como grupo atingiu  2,6%. Entre as maiores economias continentais, a África do Sul teve um aumento de 2,9 pontos percentuais e o Egito uma queda de 5,9%.

Os dados indicam "uma recessão mais forte na Europa e uma fraca recuperação na América do Norte e Leste da Ásia, bem como um abrandamento sustentado nos países em desenvolvimento.

Produção

Já  os países industrializados, como um todo, registam uma diminuição na produção industrial, a primeira vez desde 2009.

Em todas as principais economias da zona do euro a produção industrial caiu durante o terceiro trimestre, em comparação com o mesmo trimestre  de 2011.

Crescimento

A Alemanha teve uma queda de 1,7%, a Itália baixou 6,2 % enquanto  a França e  Reino Unido desaceleraram 1,9 % e  0,9 % respetivamente.  Nos raros casos de crescimento positivo estão a Áustria, Malta e a Eslováquia.

O relatório cita uma queda da  produção industrial do Brasil, registada pelo terceiro trimestre consecutivo deste ano.

O fenómeno ocorreu apesar de medidas do governo para controlar o aumento de preços, a produção de máquinas, equipamentos e veículos motorizados. A produção industrial também caiu na Argentina e na Colômbia.

O Brasil também é mencionado no relatório pela queda na produção de vestuário, também ocorrida na China, no Egito e na Malásia. Entretanto, o país teve um crescimento de 7,8% no fabrico de produtos químicos.