ONU decepcionada com expansão de assentamentos por parte de Israel
Governo informou que serão erguidas 3 mil novas unidades na Cisjordânia e no leste de Jerusalém; em nota, porta-voz de Ban Ki-moon disse que as construções são “ilegais pela lei internacional.”
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
O Secretário-Geral da ONU afirmou que está “gravemente preocupado e decepcionado” com a decisão de Israel de construir 3 mil unidades de assentamentos em partes da Cisjordânia e do leste de Jerusalém.
Em nota, emitida pelo seu porta-voz, Ban Ki-moon disse que o plano, batizado de E-1, ameaça cortar, completamente, o leste de Jerusalém do resto da Cisjordânia, a área é controlada pela Autoridade Nacional Palestina.
Chances
Para Ban, os assentamentos são “ilegais com base no direito internacional”. Ainda de acordo com a ONU, a medida poderia levar a um golpe “fatal para as chances de uma solução baseada em dois Estados”, um palestino e outro judaico.
O anúncio foi feito por Israel na sexta-feira. O território da Cisjordânia foi capturado por Israel em 1967. Para as Nações Unidas, a decisão israelense pode ainda dividir a Cisjordânia em duas áreas.
Assembleia Geral
O Secretário-Geral voltou a pedir a israelenses e palestinos que retomem as negociações de paz e se abstenham do que chamou de provocações.
Para Ban Ki-moon, a construção dos assentamentos deve ser suspensa em nome da paz.
Na quinta-feira, a Assembleia Geral da ONU concedeu à Autoridade Palestina o status de “Estado-observador não-membro” da organização.
A medida foi aprovada por 138 dos 193 membros da Assembleia Geral.