Reduzem mortes relacionadas à Sida na África Subsaariana, diz relatório
Programa da ONU sobre o HIV/Sida quer mais pessoas tratadas com antirretrovirais em Angola; relatório coloca África como a região mais afetada pelo vírus que pode provocar a Sida.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A África Subsaariana reduziu as mortes relacionadas à Sida em um terço nos últimos seis anos, revela um relatório do Programa da ONU sobre o HIV/Sida, Onusida.
O documento, lançado nas vésperas do Dia de Luta contra a Sida, assinalado a 1 de Dezembro, aponta para o aumento de pessoas em tratamento antirretroviral em 59% nos últimos dois anos.
Angola
Angola está entre os países que, segundo a agência, deve melhorar as taxas relacionadas à prevenção da transmissão vertical, conhecido por PTV, além do tratamento antirretroviral.
Falando à Rádio ONU, de Luanda, a chefe do Programa de HIV no Fundo da ONU para a Infância, Unicef, Karoline Fonck, abordou o envolvimento de pessoas vivendo com o vírus para melhorar a prestação de técnicos.
“Temos uma experiência inovadora em Angola. Em formações que fazemos sobre PTV, envolvemos pessoas com o vírus mesmo como apoiantes. Vemos que é um bom método para diminuir muito mais a estigmatização e, a começar com os profissionais da área de saúde.”
O Onusida coloca o país no grupo de nações com baixa taxa de cobertura da prevenção da transmissão da mãe para o bebé, estimada em cerca de 16%. Por outro lado, a cobertura de tratamento antirretroviral situa-se em cerca de 33% em adultos e 10% em crianças.
Tratamento
Em todo o mundo, o acesso à terapia antirretroviral aumentou em 63% nos últimos anos. Entre 2005 e 2011, as mortes relacionadas com a Sida baixaram em mais de um quarto, em todo mundo.
África é tida como a a região mais afetada pelo HIV. O relatório demonstra ainda que uma redução de mais de metade na taxa de novas infeções alcançada em 25 países de renda baixa e média.
No continente africano, as reduções drásticas desde 2001 ocorreram no Malawi com 73%, no Botsuana com 71% e na Namíbia com 68%. Até 2011, 34 milhões de pessoas viviam com o vírus em todo o mundo.