Cerca de 3,5 milhões ameaçados de escassez alimentar na África Austral
PMA lança apelo de US$ 16 milhões para financiar as operações de emergência alimentar no Malaui, Zimbabué e Lesotho; prevê-se que situação piore entre Dezembro e Março.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Mais de 3,5 milhões de pessoas serão confrontadas com uma escassez alimentar grave nos próximos quatro meses no Malaui, Zimbabué e Lesotho, alertou o Programa Mundial da Alimentação, PMA.
A agência lançou, esta sexta-feira, um apelo de US$ 16 milhões para financiar as operações de emergência alimentar nos três países assolados pela combinação de seca e inundações, que causaram danos às culturas.
Ajuda
As regiões do sul do Malaui são as que mais cerecem de assistência alimentar. Prevê-se que o país seja o mais afetado pelo fenómeno, com quase 2 milhões de pessoas a necessitar de auxílio.
Falando a jornalistas, em Genebra, a porta-voz da agência, Elisabeth Byrs, disse que a escalada dos preços dos alimentos básicos, como o milho, deve agravar a crise.
Preocupação
Segundo defendeu, a escassez inicou no Zimbábue, onde 1,6 milhões de pessoas vão precisar de assistência alimentar durante o período de pico da fome. A representante acrescentou que o número corresponde a uma subida de 60 % em relação aos atendidos no ano passado, que provocou o aumento das preocupações.
A produção de cereais baixou em quase um terço no Zimbábue, o que deixou uma em cada cinco pessoas em situação de escassez alimentar nas áreas rurais.
Época de Fome
De acordo com a agência, a situação deve piorar durante a chamada época de fome, que vai de Dezembro até a temporada da colheita, em Março.
No Lesotho, estima-se que os necessitados de assistência alimentar estejam em torno de 230 mil.