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Síria pode precisar de missão de consolidação da paz, diz enviado da ONU

Síria pode precisar de missão de consolidação da paz, diz enviado da ONU

Lakhdar Brahimi pede união do Conselho de Segurança para adoção de plano que constituirá a base de um processo político; nesta sexta-feira, enviado deve prestar um informe sobre o país na Assembleia Geral.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O enviado do Secretário-Geral da ONU e da Liga Árabe à Síria, disse que pode haver necessidade do envio de uma missão de consolidação da paz ao país do Médio Oriente.

Lakhdar Brahimi, falava esta quinta-feira, em Nova Iorque, após um encontro à porta fechada no Conselho de Segurança sobre Síria. Nesta sexta-feira, o enviado deve apresentar um informe sobre o país na Assembleia Geral.

Violência

Em declarações a jornalistas, Brahimi disse ter pedido união ao Conselho para a adoção de um plano que constituirá a base de um processo político no país, assolado pela violência durante os últimos 21 meses.

O enviado alertou para o agravamento da situação, tendo referido que as partes não estão prontas para encontrar uma solução interna. Segundo destacou, perante a incapacidade da região em encontrar uma solução pacífica, esta pode ser desencadeada no Conselho de Segurança.

Conflito

Estima-se que pelo menos 20 mil pessoas morreram no conflito sírio, que se seguiu a protestos contra o presidente Bashar al-Assad. A ONU refere que mais 440 mil pessoas foram forçadas a fugir países vizinhos e outros 2,5 milhões carecem de assistência humanitária.

Brahimi afirmou que, como parte de seus esforços para conter a violência, produziu um plano que levaria a um processo político. Entretanto, os elementos “não podem ser integrados até que o Conselho se reúna e esteja pronto para adotar uma resolução.”

Resolução

Lakhdar Brahimi observou ainda que a resolução adotada deve ser baseada num comunicado emitido pelo Grupo de Ação sobre a Síria em Junho passado, em Genebra.

São integrantes do grupo, o Secretário-Geral da ONU e da Liga Árabe, os ministros dos Negócios Estrangeiros China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos, representando os membros permanentes do Conselho de Segurança.

Os chefes da diplomacia da Turquia, do Iraque, do Kuwait e do Qatar também fazem parte do coletivo qe inclui o Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança.