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Construção de reator de águas leves na Coreia do Norte preocupa Aiea BR

Construção de reator de águas leves na Coreia do Norte preocupa Aiea

Diretor-geral da agência diz que não pode determinar características do projeto; pronunciamento de Yukiya Amano destaca programas nucleares da Síria e do Irã.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, disse nesta quinta-feira estar “seriamente preocupado” com o programa nuclear da Coreia do Norte. Yukiya Amano falou sobre a construção de um reator de águas leves pelas autoridades de Pyongyang.

Em pronunciamento ao conselho diretor da agência, em Viena, Amano disse que foi apurado que a obra foi “praticamente concluída no exterior de edifícios principais” da capital do país.

Imagens de Satélite

A Aiea diz que não pode determinar as características do projeto do reator de águas leves, um tipo de reator nuclear, nem a data provável para que comece a funcionar. A agência anunciou que por meio de imagens de satélite, está monitorando a instalação de enriquecimento de urânio na Coreia do Norte.

Um apelo foi lançado a Pyongyang para o cumprimento pleno das suas obrigações previstas em resoluções do Conselho de Segurança e para cooperar totalmente com a agência. Desde abril de 2009, a Aiea não consegue implementar nenhuma salvagarda no país.

Programa Nuclear

Amano também falou sobre o programa nuclear do Irã. O próximo encontro entre a Aiea e autoridades iranianas está marcado para 13 de dezembro, no Teerã. Há suspeitas de que material nuclear está sendo fabricado na central de Parchim, o que é negado pelo Irã.

Sobre a Síria, o diretor da Aiea pediu novamente às autoridades do país que cooperem totalmente com a agência, para resolver questões relacionadas ao complexo de Dair Alzour. As instalações foram destruídas por Israel em um bombardeio em 2007.

Segundo agências de notícias, as suspeitas internacionais eram de que o local teria sido projetado para produzir plutônio para armas atômicas. A Síria afirma que a instalação não tinha fins militares, mas a Aiea reforça que o material do local “devia ter sido declarado à agência”.

*Apresentação: Leda Letra.