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Empresas e Unaids querem fim das restrições de viagens para pessoas com HIV BR

Empresas e Unaids querem fim das restrições de viagens para pessoas com HIV

Mais de 40 presidentes das maiores companhias do mundo firmaram documento pedindo o fim das leis que impedem a entrada de do HIV em 45 países.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

Em antecipação ao Dia Mundial de Combate à Aids, comemorado em primeiro de dezembro, os líderes das principais empresas internacionais pediram o fim da discriminação contra pessoas contaminadas com HIV.

Mais de 40 presidentes de grandes companhias, como Coca-Cola,  Pfizer, Johnson & Johnson, entre outras, querem acabar com as restrições de viagens impostas a soropositivos em 45 países.

Avanço

O diretor do Unaids, Luiz Loures, elogiou os diretores-executivos. Ele falou à Rádio ONU, de Genebra, sobre a importância dessa iniciativa.

“É uma notícia fabulosa, eu acho que a grande noticia chega no momento certo. A restrição a viagem, por status HIV, é uma medida discriminatória, sem base técnica. Não existe nenhuma razão para que países imponham a restrição a viagem baseados no status de uma pessoa em relação ao HIV. E essa medida, apoiada por um número significativo de chefes de empresas, demonstra claramente que não existe espaço para discriminação.”

Lei

Atualmente, 45 países têm leis que deportam, prendem ou proíbem a entrada de qualquer pessoa infectada com o HIV em seu território. Os EUA suspenderam a proibição em 2010. Armênia, China, Namíbia e Ucrânia também acabaram com as restrições recentemente.

Os empresários querem, com essa iniciativa, não só derrubar essas legislações, mas explicar que elas são discriminatórias e ruins para os negócios.

Direitos

O diretor-executivo do Unaids, Michel Sidibé, afirmou que as restrições contra a entrada, permanência ou residência de pessoas com HIV são uma violação dos direitos humanos.

Segundo Sidibé, todo indivíduo deve ter acesso igual à liberdade de movimento.