Portugal faz recomendações para melhorar transparência do Conselho de Segurança
Ao lado da Índia, país assinou carta sobre como aperfeiçoar os métodos de trabalho do órgão; tema é debatido em sessão especial nesta segunda-feira.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
O Conselho de Segurança debate nesta segunda-feira como melhorar os métodos de trabalho e a transparência do órgão. A discussão é baseada em uma carta assinada pelos embaixadores de Portugal e da Índia junto à ONU.
No documento, as delegações portuguesa e indiana pedem maior eficiência no trabalho do Conselho de Segurança e mais interação com os países que não são membros do órgão.
Avanços
Em entrevista à Rádio ONU, em Nova York, às vésperas do debate, o embaixador de Portugal, José Filipe Moraes Cabral, ressaltou progressos na área.
“Temos aumentado as condições de eficácia do trabalho do Conselho; temos também melhorado as dimensões de transparência e accountability (responsabilidade) do Conselho, relativamente à Assembleia Geral e ao conjunto de Estados que integram as Nações Unidas.”
Realidade
O embaixador Moraes Cabral destacou também que uma maior transparência do Conselho está ligada à necessidade de reformar o órgão.
“O Conselho de Segurança para ser eficaz tem que ser credível e para isso, tem que ser representativo. A capacidade de uma ação eficaz do Conselho está muito dependente do fato de representar ou não o que é a realidade geopolítica atual. A composição do Conselho tem que ser revista, tem que ser alargada.”
O embaixador de Portugal, José Filipe Moraes Cabral, preside o grupo de trabalho sobre como melhorar a eficiência do Conselho de Segurança.
O grupo sugere ainda que o Conselho faça mais debates abertos, invista em diálogos interativos informais e inclua no seu plano de trabalho a participação de países que não são membros do órgão.
O mandato de Portugal no Conselho de Segurança termina no dia 31 de dezembro.