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Ex-presidente Lula junta-se à FAO para combater fome na África BR

Ex-presidente Lula junta-se à FAO para combater fome na África

Anúncio foi feito nesta quarta-feira durante encontro de Lula com os chefes da FAO e da Comissão Africana, em Addis Abeba, capital da Etiópia; parceria deve levar à reunião de alto nível em março de 2013.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, aderiu a uma iniciativa de combate à fome que conta com o apoio da União Africana e do Instituto Lula, dirigido pelo ex-presidente do Brasil.

O anúncio foi feito durante um encontro entre Lula, o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva e a presidente da Comissão da União Africana, Nkosazana Dlamini Zuma, em Addis Abeba, capital da Etiópia.

Políticas

O objetivo da parceria é erradicar a fome e a má nutrição na África. Com a iniciativa, os parceiros pretendem utilizar a expertise da FAO e o apoio político de Lula, que é reconhecido, internacionalmente, por medidas de combate à fome, implementadas quando ele presidia o Brasil.

Em comunicado, os três líderes afirmaram que o conhecimento e o apoio de outros parceiros regionais e internacionais devem ajudar a iniciativa a avançar.

Eles decidiram também convocar um encontro de alto nível sob o tema batizado de “Abordagens Novas e Unificadas para Combater a Fome na África”, marcado para março de 2013.

Potencial

De 1990 até hoje, o número de subnutridos na África subiu de 175 milhões para 239 milhões.

De acordo com a União Africana, o continente tem o potencial para aumentar sua produção agrícola, uma vez que 60% das terras aráveis da região ainda não estão sendo utilizadas.

Já o ex-presidente Lula disse que a receita de transferência de renda e mais desenvolvimento inclusivo, aplicada pelo Brasil, pode ser adaptada à África no combate à fome. Ele afirmou que é preciso fazer com que os pobres tenham acesso a linhas de crédito e à tecnologia.

O diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva encerrrou o comunicado dizendo que a paz é a melhor arma para se promover segurança alimentar no mundo.