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Economias africanas crescem mas carecem de comércio interno, diz ONU

Economias africanas crescem mas carecem de comércio interno, diz ONU

No Dia da Industrialização da África, assinalado neste 20 de Novembro, destaque é dado às trocas no continente para a redução da pobreza.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova Iorque.*    

As economias africanas estão entre as que mais crescem no mundo, aponta o Secretário-Geral da ONU.

Em mensagem para marcar o Dia da Industrialização da África, esta quarta-feira, Ban Ki-moon indica que o comércio regional interno responde a apenas 10% do comércio geral do continente, significativamente menor se comparado a outros continentes.

Objetivos

O crescimento sustentável e equitativo é tido como fundamental para se alcançar os objetivos do Milénio e as metas socioeconómicas da Nova Parceria para Desenvolvimento da África, Nepad.

Este ano, o destaque é dado à importância do comércio interno no continente para reduzir a pobreza, aumentar a segurança alimentar e de nutrição e apoiar o desenvolvimento sustentável.

Expansão

Entre os desafios impedem a expansão do comércio estão a infraestrutura obsoleta, a baixa capacidade de produção, os limitados financiamentos para investimentos e os altos custos de negócios.

Para a  ONU, a eliminação desses obstáculos é um pré-requisito para atingir todo o potencial económico da África.

Processamento

Ban refere que a industrialização pode ajudar a expandir o comércio regional africano ao dar apoio a uma economia mais diversificada, especialmente, no desenvolvimento das indústrias rurais e de processamento de alimentos.

O Secretário-Geral recomenda o melhoramento da infraestrutura nos setores de transporte, comunicação e de energia.