ONU renova condenação a confrontos entre RD Congo e rebeldes do M23
Conselho de Segurança repudia ataques e quer fim do apoio externo ao grupo de dissidentes em Goma, capital da província do Kivu Norte.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
As Nações Unidas reafirmaram a sua condenação ao recrudescimento dos confrontos entre os rebeldes do M23 e o exército da República Democrática do Congo, RD Congo.
Durante o fim de semana, o avanço, em Goma, do M23, grupo formado por dissidentes das Forças Armadas para capital da província do Kivu Norte, suscitou reações do Conselho de Segurança e do Secretário-Geral.
Fim dos Ataques
Após uma reunião de emergência, o órgão condenou os ataques rebeldes e exigiu o fim do apoio externo ao grupo referindo que estava bem equipado.
Na sequência, Ban Ki-moon pediu a cessação dos confrontos e o fim dos avanços para Goma. O Secretário-Geral quer ainda que os Estados relevantes usem a sua influência junto do M23 para contribuir para o fim dos ataques.
Mandato
De acordo com agências noticiosas, rebeldes dissidentes do exército avançaram para poucos quilómetros de Goma.
Em comunicado, Ban Ki-moon ressalta que as Forças da Missão da ONU para a República Democrática do Congo, Monusco, continuariam na cidade como parte dos esforços para implementar de forma robusta o seu mandato.
Capacetes Azuis
A intenção seria levada a cabo “na melhor das suas capacidades com vista à proteção de civis.”
O porta-voz do Departamento da ONU para a Manutenção da Paz, Kieran Dwyer disse que os capacetes azuis apoiaram as Forças Armadas na proteção dos civis e na defesa pessoal, usando foguetes, tiros de canhão e helicópteros.
Para Dwyer, a situação em Goma era “extremamente tensa”, tendo considerado a ameaça de a cidade poder “cair nas mãos do M23 e ou ser seriamente desestabilizada” como resultado dos confrontos.