Mais de 11 mil refugiados sírios pediram refúgio nos países vizinhos em um dia
Em Fórum Humanitário, em Genebra, ONU anuncia deterioração da situação humanitária com a escalada de violência; número de sírios atendidos e registados nos países vizinhos situa-se em 408 mil.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Mais de 11 mil sírios atravessaram para a Turquia, Líbano e Jordânia nas últimas 24 horas, apontam as Nações Unidas. A informação foi dada esta sexta-feira, em Genebra, no Fórum Humanitário sobre o país que junta agências da organização e várias Ongs.
No evento, o coordenador Regional Humanitário para a Síria, Radhouane Nouicer, alertou para a deterioração da situação no país do Médio Oriente com a escalada de violência.
Violência
O Conselho de Segurança debate, esta sexta-feira, o impacto do conflito sírio no Líbano. Em nota emitida nas vésperas do encontro, o Secretário-Geral observa que entre o resultado estão “confrontos transfronteiriços, ataques e contrabando de armas.”
Nouicer referiu-se às crescentes necessidades humanitárias destacando a ocorrência de “mais violência, mais sofrimento e mais deslocamentos”. O representante destacou a contínua perda de vidas e o agravamento de prejuízos económicos no território.
Neutralidade
A falta de respeito com a neutralidade dos atores humanitários foi também identificada como obstáculo para a distribuição de suprimentos de emergência. De acordo com as agências, a prioridade é a distribuição de mantimentos para o inverno.
Por seu turno, o coordenador regional do Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur, Panos Moumtzis, lembrou que o número de sírios atendidos e registados nos países vizinhos situa-se em 408 mil.
Segurança
As agências humanitárias manifestaram-se preocupadas com a falta de proteção civil por parte de todos os atores do conflito, o que as obriga a retirar por razões de segurança. Estima-se que metade de refugiados fugidos da Síria sejam crianças que carecem de apoio psicossocial.
Por outro lado, a Organização Mundial da Saúde, OMS referiu-se ao “grave impacto da crise na saúde pública. A agência aponta que dois terços dos hospitais do país podem ter sido danificados ou destruídos pelo conflito iniciado em Março do ano passado.