OMS diz que China erradicou tétano materno e neonatal
De acordo com a agência, o aumento de partos em hospitais ajudou a melhorar a saúde de mães e bebês; antes de 1995, mais de 75% das crianças chinesas, em áreas rurais, nasciam em casa.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, informou que a China conseguiu erradicar o tétano materno e neonatal. A doença, que pode ser evitada, é uma das maiores causas de morte no mundo.
A erradicação ocorreu com um exercício de validação, realizado no mês passado, pela agência da ONU e pelo Governo Chinês. A eliminação foi então declarada, formalmente, no último dia 30. Uma das razões para o sucesso foi o aumento no número de partos em hospitais.
Trabalhadores Migrantes
Os técnicos da OMS utilizaram 103 equipes de monitoramento na atividade. Foram escolhidas duas províncias, a de Guangxi e a de Guangdong, por concentrarem uma grande quantidade de trabalhadores migrantes e populações rurais pobres.
Dos mais de 45 mil lares pesquisados, não foi encontrado nenhum caso de tétano neonatal e materno em mais de 2,3 mil nascimentos.
Para a OMS, a erradicação do tétano neonatal ocorre quando existe menos de um caso por mil nascimentos vivos em cada distrito.
Cordão Umbilical
O exercício de validação foi coordenado pelo Ministério da Saúde chinês com o apoio da OMS e do Unicef. Com isso, a China junta-se a um grupo de outros 161 países que eliminaram o tétano. A doença, que mata com frequência, afeta mães e recém-nascidos.
O tétano causa rigidez muscular e espasmos. O contágio, geralmente ocorre, devido à falta de higiene no parto e por infecções no cordão umbilical.