Malária faz 46 mil mortes fora de África em 2010, indica relatório
Parceria Roll Back Malária refere que dos 51 países afetados a maioria está nas Américas; resistência à artemisina tida como o maior desafio para controlar ou erradicar a malária na Ásia e Pacífico.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Cerca de 46 mil pessoas morreram devido à malária fora do continente africano em 2010, revelou a Parceria Roll Back Malária ou Fazer Recuar a Malária.
O programa, financiado pelas Nações Unidas, defende que nas regiões afetadas, no mesmo período, pelo menos 34 milhões de pessoas contraíram a enfermidade que é frequentemente associada a África.
Américas
O relatório “Fazer Recuar a Malária Fora de África”, publicado nesta quinta-feira, em Genebra, indica que mais de metade dos 99 países com malária compõe o grupo. Dos 51 países afetados, 21 estão nas Américas e 20 no Sudeste Asiático.
A doença é tida como “uma grande ameaça para a saúde pública na região da Ásia e Pacífico”, onde mais de 2,2 bilhão de pessoas estão em risco.
Fardo
A Índia, a Indonésia, o Paquistão, o Mianmar e s Papua Nova Guiné carregam o maior fardo da doença na região.
O surgimento de parasitas da malária resistentes à artemisina é tido como o maior desafio para controlar ou erradicar a doença na Ásia e Pacífico.
Resistência
Para o diretor executivo da Parceria Roll Back Malária, Fatoumata Nafo-Traoré, há necessidade de proteger a “única classe de drogas para a qual se verifica resistência, desenvolvendo novos medicamentos.”
Os esforços de busca de uma vacina são vistos como “um apoio à luta contra a malária,” tida como um problema para o desenvolvimento.
O representante indica que o investimento no controlo da doença deverá reduzir o absentismo do trabalho, nas escolas e garantir ganhos adicionais em áreas frequntemente afetadas devido à malária.