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Haiti registra mais casos de cólera após passagem do furacão BR

Haiti registra mais casos de cólera após passagem do furacão

Organização Internacional para Migrações informou que três pessoas morreram da doença depois de o Sandy ter atravessado a ilha; agências da ONU e soldados de paz foram mobilizados para ajudar a conter as contaminações.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*

Várias agências das Nações Unidas estão aumentando os esforços de combate ao cólera no Haiti após novos casos da infecção devido à passagem do furacão Sandy pela ilha.

Tabletes purificadores de água estão sendo distribuídos à população. Nesta sexta-feira, a Organização Internacional para Migrações, OIM, confirmou três mortes. Os óbitos foram registrados na cidade de Gonaives.

Ao todo, já foram confirmados 277 casos suspeitos da doença. A maioria ocorre na capital haitiana, Porto Príncipe.

Prontidão

Em entrevista à Rádio ONU, de Porto Príncipe, o comandante da Missão das Nações Unidas no Haiti, Minustah, Fernando Goulart, reafirmou a prontidão das forças.

“Como componente militar, temos meios de  transporte orgânicos e mão-de-obra, os seus soldados que, além da questão de segurança, estão aqui para apoiar o povo do Haiti de acordo com o mandato da Minustah de uma forma ampla. Esses meios e esse pessoal foi empenhado no apoio ao combate à doença através da distribuição de meios. O componente militar está sempre pronto nesses momentos. Temos caminhões e helicópteros que permitem o rápido deslocamento tanto do pessoal da Minustah como o médico para verificar algum local onde possa haver algum surto”, referiu.

De acordo com o Escritório da ONU de Assistência Humanitária, Ocha, o furacão Sandy matou pelo menos 60 pessoas no Haiti, e 1,8 milhão foram afetadas.

Sessões

A OIM está distribuindo kits de prevenção ao cólera para 6 mil famílias com embalagens de cloro, purificadores de água e sais de reidratação oral. Em 25 acampamentos estão sendo feitas sessões de prevenção à doença.

As agências das Nações Unidas indicam que, apesar do recuo das águas, mais de 18 mil casas foram destruídas e a insegurança alimentar preocupa, com mais de 2 milhões em risco de desnutrição.

*Apresentação: Leda Letra.