OMS apela agências humanitárias a reforçar desparasitação no Sahel
Cerca de 18 milhões de pessoas na região não têm o suficiente para comer; crise alimentar e nutricional tem sido agravada pelo conflito no norte do Mali e pelas recentes inundações que afetaram 3 milhões de pessoas.
Manuel Matola, da Rádio ONU em Maputo.
A Organização Mundial de Saúde, OMS, apelou aos parceiros de desenvolvimento para reforçarem a desparasitação nos países do Sahel afetados por crise alimentar.
O diretor regional da OMS para África, Luís Sambo, disse que as cheias que se registam em algumas regiões da África Ocidental podem criar condições propícias para a eclosão de Doenças Tropicais Negligenciadas.
Risco
Luís Sambo considerou urgente a intervenção das agências humanitárias para acudirem a situação e alertou para o risco de crianças e adultos contraírem doenças por contaminação da água.
Pelo menos 100 pessoas morreram vítimas de cólera no Níger, onde se registaram cerca de 5 mil casos da doença desde janeiro. No vizinho Mali, foram assinalados 19 mortes em 219 casos da enfermidade no mesmo período.
Inundações
Segundo a OMS, A epidemia está a espalhar-se rapidamente para a Guiné, Libéria e Serra Leoa, bem como ao longo do rio Congo, atingindo populações do Congo Brazzaville e da República Democrática do Congo.
Cerca de 18 milhões de pessoas que vivem no Sahel não têm o suficiente para comer.
Agências da ONU dizem que a crise de alimentar e nutricional tem sido agravada pelo conflito no norte do Mali e pelas recentes inundações que afetaram cerca de 3 milhões de pessoas.
Mais de um milhão de crianças menores de cinco anos sofrem de desnutrição grave no Sahel, segundo estimativas da OMS.