Na conferência bianual Terra Madre, diretor da agência, José Graziano da Silva, fala do contraste de desperdício e falta de alimento que provoca obesos e malnutridos no mundo
Manuel Matola, da Rádio ONU em Maputo.
O diretor-geral da Organização da ONU para Agricultura e Alimentação, FAO, José Graziano da Silva, apelou à comunidade internacional e agências que trabalham na área de alimentação para ajudarem na eliminação da fome no mundo.
Ele pediu que o próximo passo na batalha contra a fome e erradicação da desnutrição seja “gigantesco”.
Perdas
Falando na abertura da conferência bianual Terra Madre, na cidade italiana de Turim, organizada pela Associação Internacional Slow Food, o responsável pela FAO considerou que o alcance da fome zero no mundo requer a eliminação de perdas de alimentos e resíduos.
Ele lembrou que cerca de um terço de todos os alimentos produzidos anualmente são perdidos ou desperdiçados.
Da Silva disse que uma das razões do esbanjamento dos alimentos foi a tendência para o consumo excessivo em países de rendimentos médio e alto. Segundo a FAO, o resultado foi que cerca de 1,5 bilhão de pessoas no mundo estão acima do peso, contra 868 milhões de mal nutridos.
José Graziano da Silva pediu também o apoio do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, para alcançar a Fome Zero no planeta.