PAM alarga intervenção no Mali
Além de dar respostas em alimentos e nutrição, a agência está envolvida na construção de casas, de escolas e de estradas num país com quase 5 milhões de pessoas em risco de fome.
João Rosário, da Rádio ONU em Lisboa.
O Programa Alimentar Mundial, PAM, está ajudar mais de um milhão de pessoas na resposta de emergência à crise no Mali, apesar da situação política e militar se manter incerta.
O PAM está a intervir em oito regiões do Mali com assistência alimentar, nutricional e outras iniciativas como a Alimentação de Emergência nas Escolas, que começa este mês com o arranque do ano escolar.
Crise em números
Até este momento, 4,6 milhões de pessoas estão em risco de fome e 560 mil crianças abaixo dos cinco anos sob ameaça de má nutrição aguda por causa da falta de alimentos e do aumento do conflito armado no país.
A agravar a situação, quase 3 milhões de pessoas vivem nas zonas afectadas pela seca.
É neste quadro que o PAM está a fornecer alimentos e a responder às necessidades dos deslocados através de duas operações de emergência diferentes lançadas em Fevereiro e em Junho, respectivamente.
Além de distribuir cerca de 250 mil refeições, o PAM está envolvido em acções de reflorestação, construção de habitações, de escolas e estradas, prevenção dos efeitos da erosão nos solos e facilitar o acesso das populações à água.
Reunião
O vice secretário-geral da ONU deslocou-se esta sexta-feira a Bamako, capital do Mali onde participou num encontro com representantes União Africana e da Sadec e com o enviado especial da ONU para o Sahel, Romano Prodi.
O vice secretário-geral disse que a ONU está pronta para ajudar de imediato nas negociações no país, além da preparação em curso para o envio de especialistas militares e conselheiros para a reforma do sector da segurança.