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Pnuma avisa que metade da biodiversidade do mundo não tem proteção

Pnuma avisa que metade da biodiversidade do mundo não tem proteção

O alerta faz parte de um relatório que apela ao mundo para acelerar na implementação de medidas e de investimentos de modo a cumprir a meta de preservação da natureza definidas para 2020.

O Programa da ONU para o Ambiente, Pnuma, revela que metade da biodiversidade do planeta está sem qualquer tipo de proteção.

O “Relatório sobre Proteção do Planeta 2012”, divulgado esta quinta-feira, o Pnuma diz que os parques e reservas naturais estão em crescimento por todo o mundo e a sua gestão é mais equilibrada, com maior participação das comunidades locais.

Gestão sustentável

No entanto, o investimento nas zonas protegidas é apenas de cerca de metade do valor necessário para apoiar as espécies em risco, proteger os habitats ameaçados e desenvolver na plenitude os benefícios da gestão sustentável desta regiões.

O director-executivo do Pnuma, Achim Steiner, disse que “este novo relatório apresenta não só factos e números necessários para os decisores políticos como sublinha formas para ultrapassar desafios fundamentais na gestão das áreas protegidas. Apresenta as principais linhas de acção necessárias para cumprir as metas».

Steiner disse ainda que as «áreas protegidas contém cerca de 15% das reservas de carbono e permitem a vida a mais de mil milhões de pessoas, o que faz destas regiões um factor de apoio crucial para a biodiversidade, serviços de ecossistemas e da vida humana».

Metas

Há dois anos, os países definiram que em 2020, pelo menos 17% das zonas territoriais do planeta e 10% das zonas marinhas devem ser geridas e conservadas de forma equilibrada

O “Relatório sobre Protecção do Planeta 2012” revela que, desde 1990, as zonas protegidas aumentaram em número para quase 60% e em área para pouco menos de 50%.

Mas o estudo diz que a gestão deficiente, financiamentos insuficientes e a falta de informações importantes sobre as áreas protegidas significam que o mundo não está a fazer os progressos necessários para atingir os objectivos traçados para 2020.