OMS: falta de finaciamento impede ações de combate à tuberculose
Agência diz que precisa de mais US$ 4,4 bilhões nos próximos três anos para patrocinar medidas de controle e prevenção; em 2011, foram registrados 8,7 milhões de novos casos.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, informou que precisa do equivalente a cerca de R$ 9 bilhões para cobrir os programas de prevenção e controle da turberculose até 2015.
O alerta foi feito, nesta quarta-feira, durante o lançamento do Relatório Global sobre Tuberculose da OMS 2012.
Dentre as medidas estão a realização de pesquisas e testes. Somente no ano passado, foram registrados 8,7 milhões de novos casos da infecção. Quase 40% deles se concentraram na Índia e na China. Já o continente africano tem 24% de prevalência.
A médica da OMS, Regina Ungerer, falou à Rádio ONU, de Genebra, sobre a situação do combate à tuberculose em Moçambique, um dos casos de maior incidência na África.
“Nós sabemos que a tuberculose, em muitos casos está associada com a Aids. E Moçambique tem uma incidência de tuberculose muito alta porque a incidência de Aids é alta. Nos países da África, tirando a África do Sul, Moçambique aparece entre os cinco com o maior número de casos de HIV.”
Em todo o mundo, o tratamento e a prevenção ajudaram a salvar 20 milhões de pacientes. O diretor do Departamento de Combate à Tuberculose da OMS, Mario Raviglione, disse que sem esta ajuda, o mundo teria hoje mais 20 milhões de óbitos.
A tuberculose é também uma das maiores causas de morte para mulheres.
Mas de acordo com o relatório, há casos de sucesso. No Camboja, por exemplo, políticas de combate à doença levaram a uma redução de 45% na prevalência da tuberculose entre 2002 e 2011.