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FAO quer expansão de cooperativas agrícolas nas ações contra a fome BR

FAO quer expansão de cooperativas agrícolas nas ações contra a fome

No Dia Mundial da Alimentação, agência pede mais apoio dos governos a essas organizações, que já ajudam milhões de pequenos agricultores.

 

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

 As Nações Unidas celebram o Dia Mundial da Alimentação nesta terça-feira, com o tema “Cooperativas Agrícolas – Chave para Alimentar o Mundo”.

O Secretário-Geral, Ban Ki-moon, destacou que as cooperativas podem “aliviar a pobreza, gerar inclusão social e promover a igualdade de gênero”.

Medidas

Já o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, lembrou que as cooperativas “conseguem melhores preços de vendas de alimentos nos mercados”.

José Graziano da Silva apelou aos governos a “criarem condições que permitam o crescimento das cooperativas agrícolas”. De Santiago do Chile, o encarregado de Políticas da América Latina da FAO, Adoniram Sanches, falou à Rádio ONU sobre a importância do setor para a região.

A FAO tem chamado a atenção que a agricultura de alimentos na região quem faz são eles. Estão muito presentes em processos de mão de obra como o leite, o café, os hortigranjeiros, as frutas. Esse perfil de agricultura é muito importante para a segurança alimentar no mundo. Essa combinação de Dia Mundial de Alimentação, agricultura familiar e cooperativas, é uma combinação perfeita.”

Consumo

O especialista da FAO, Adoniram Sanches, explicou ainda que o consumidor também pode ser beneficiado com o fortalecimento das cooperativas.

“Ele vai receber na ponta um preço melhor. O consumidor deve entender que a inflação entra pela cenoura, pela batatinha, pelo tomate. Então ajudar ao cooperativismo, para que consiga fortalecer sua base produtiva, consiga produzir mais e ter uma oferta de alimentos mais regular, frequente, controlando inclusive, os preços.”

Também nesta terça-feira, a FAO organiza em Roma uma reunião ministerial sobre a volatilidade do preço dos alimentos. Segundo Graziano da Silva, a expectativa a médio prazo é de que os preços dos alimentos continuem subindo. A agência revelou na semana passada que 870 milhões de pessoas passam fome no mundo.