ONU condena ataque a escolas de meninas no Paquistão
Atentados foram praticados pelo movimento islâmico Talebã que se opõe à educação feminina; uma das vítimas é Malala Yousufzai, de 14 anos, que escreveu um diário em 2009 sobre a vida controlada pelo Talebã.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
As Nações Unidas condenaram, de forma veemente, ataques do Talebã a escolas de meninas no Paquistão, no vale do Swat, noroeste do país.
Os atentados feriram três garotas incluindo a escritora mirim, Malala Yousufzai. Ela ficou conhecida na região, em 2009, após publicar um diário contando como era a vida sob o comando dos talebãs.
Viver em Paz
De acordo com agências de notícias, Malala passa bem após a cirurgia para retirada da bala. Mas pelo menos o estado de uma das vítimas é crítico.
Em nota, a representante especial do Secretário-Geral para Crianças e Conflito Armados, Leila Zerrougui, disse que o direito à educação é fundamental. Zerrougui afirmou ainda que o Talebã deve respeitar o direito de todas as crianças, incluindo meninas, de ir à escola e viver em paz.
Testemunhas contaram que Malala e as outras duas alunas foram baleadas no ônibus escolar em frente ao colégio.
Após publicar seu diário, ela ficou conhecida por criticar o fechamento de escolas para as meninas. No ano passado, o Governo do Paquistão deu a Malala a mais alta distinção concedida a civis no país.
Mas de acordo com o Escritório da representante especial da ONU, a menina continuou a receber ameças de morte por causa de seu ativismo político.