Regras de proibição do comércio de marfim podem causar polémica, diz Cities
Secretário-geral da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas aborda adoção de mais medidas para impedir a escalada da caça furtiva e do comércio ilegal dos elefantes e do marfim.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A questão da proibição do comércio de marfim do elefante africano pode ser “o tema mais polémico” da Conferência Mundial de Vida Selvagem, a ser realizada no próximo ano na capital tailandesa, Bangcoc.
De acordo com o secretário-geral da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas, Cities, John Scanlon, o encontro vai abordar o declínio da população do animal no continente.
Caça Furtiva
Para o representante, o aspeto comum entre as partes e Estados africanos é que algo deve ser feito para adotar medidas adicionais para impedir a escalada da caça furtiva e do comércio ilegal dos elefantes e do marfim.
Como referiu, foi constatado que o nível de matança ilegal coloca a população dos animais em declínio, em todas as regiões do continente Africano.
Propostas
Mas antes do evento, a ter lugar em Março de 2013, surgiram propostas de países como Burkina Faso, Quénia, Mali e Togo com vista à extensão do banimento do comércio do marfim.
Por outro lado, a Tanzânia quer a legalização da caça do elefante dentro de suas fronteiras, e para fins não comerciais, com o argumento de que a sua população do animal não está mais em perigo.
A Cities refere que 67 propostas para ajustar as regras internacionais de comércio de espécies de animais e plantas em perigo já foram avançadas por 50 países. A lista inclui a proteção de tubarões e a lei sobre madeira de Madagáscar.
Os Estados Unidos pedem a proibição total na negociação comercial de produtos de urso polar, defendendo que os efeitos das alterações climáticas estavam a ameaçarextinguir o animal.