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Reforçado apoio para fim do conflito da RD Congo, defende a Sadc

Reforçado apoio para fim do conflito da RD Congo, defende a Sadc

Em entrevista exclusiva à Rádio ONU, secretário executivo do bloco de países da África Austral aborda a necessidade de uma força neutra nas fronteiras, além de apoios para a busca da paz no país dos Grandes Lagos.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O secretário executivo da Comunidade dos Países da África Austral, Sadc, manifestou esperança de que o apoio da ONU aos blocos regionais possa ajudar a cessar o conflito na República Democrática do Congo, RD Congo.

Em entrevista exclusiva á Rádio ONU, em Nova Iorque, Tomás Salomão, referiu-se aos resultados da mini-cimeira sobre o conflito, ocorrida à margem dos debates da Assembleia Geral. O evento culminou com um apelo aos países africanos para que participem numa força neutra que patrulhe as fronteiras da RD Congo.

Material

“Esta cimeira, das Nações Unidas, foi importante porque ela apoiou e reiterou a importância de a comunidade apoiar estes  esforços conjuntos dos Grandes Lagos e da Sadc no sentido de se colocar  esta força neutra, e dar-se o apoio material e logítico necessários para que o trabalho dela possa ser efetivo no sentido de se restabelecer a ordem”, considerou.

No evento, o Secretário-Geral abordou a necessidade do prosseguimento de esforços políticos para pôr fim ao conflito no leste da RD Congo. A preocupação da ONU  é o potencial de a crise desestabilizar toda a região dos Grandes Lagos.

Violência

Nos últimos meses, as províncias de Kivu Norte e Kivu Sul são assoladas pela violência como resultado de confrontos levados a cabo principalmente pelo grupo M23, formado por soldados dissidentes.

A violência já deixou cerca de 220 mil deslocados internos no Kivu do Norte e levou à fuga de cerca de 20 mil pessoas para o Ruanda.

Fundos

A ONU pediu fundos adicionais urgentes para as operações com vista a  prestar assistência aos milhares de deslocados congoleses no leste do Congo, no Ruanda e no Uganda.

No início deste mês, o Alto Comissariado para Refugiados fez um apelo adicional de cerca de US$ 40 milhões. Cerca de metade do montante deve ser aplicado em operações de auxílio no Uganda.

O fluxo de recém-chegados é também causado por conflitos que envolvem as Forças Democráticas para a Libertação do Ruanda, Fdlr, e as milícias mai mai.