Prevenção de conflitos deve considerar entidades regionais, diz ministro
Oldemiro Balói, que representou Moçambique, nos debates da Assembleia Geral citou o exemplo dos 20 anos de paz, de seu próprio país, ao falar de mecanismos de resolução de conflitos pelo mundo.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
O ministro moçambicano dos Negócios Estrangeiros defendeu uma reavaliação dos mandatos e abrangências de operações de paz para dar mais atenção ao papel de entidades regionais e subregionais.
Oldemiro Balói fez a afirmação durante o discurso nos debates da Assembleia Geral, neste sábado.
Parte Fundamental
“Acreditamos que o sucesso na prevenção, gestão e resolução de conflitos, está, intrinsecamente, ligado ao entendimento sobre sua natureza. A mediação e facilitação deverão ter profundo conhecimento da natureza e dinâmica do conflito para lhe permitir melhor análise, ação efetiva e assegurar a todas as partes em conflito de que elas são a parte fundamental na solução dos mesmos. Para persecução desses objetivos, ênfase deve ser dada à cooperação com organizações regionais e subregionais.”
Cplp
No discurso deste sábado, na Assembleia Geral da ONU, Oldemiro Balói dedicou maior parte de sua fala à resolução de conflitos.
Ele citou os casos do Mali, da Guiné-Bissau, da República Democrática do Congo, Madgáscar e Zimbábue, entre outros.
O ministro moçambicano também pediu o retorno à ordem constitucional na Guiné-Bissau, após o golpe de 12 de abril. Ele fez a declaração em nome da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp, que é atualmente presidida por Moçambique.