Assembleia Geral faz encontro de alto nível sobre terrorismo nuclear
Reunião, organizada pela Força-Tarefa Antiterrorismo, conta com a presença do diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Yukiya Amano; entidade ajuda países a reforçar segurança nuclear.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
A Assembleia Geral das Nações Unidas está debatendo, nesta sexta-feira, formas de enfrentamento do terrorismo nuclear.
O encontro é organizado pela Força-Tarefa Antiterrorismo. Em mensagem de abertura, o novo presidente da Assembleia Geral, Vuk Jeremic, ressaltou que o mundo está cada vez mais “frágil e imprevisível.”
Ameaça
Ele disse que um dos maiores perigos é a possibilidade de armas nucleares em mãos de atores não-governamentais. Segundo Jeremic, a ameaça de terroristas tendo acesso a armas nucleares é dramática.
Em 2005, a Assembleia Geral da ONU adotou a Convenção Internacional para a Supressão dos Atos de Terrrorismo Nuclear. O tratado criminaliza a posse, o uso ou ameaça de utilização de dispositivos radioativos por atores não-governamentais.
Em seu discurso, o chefe da Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, Yukiya Amano, disse que a cooperação entre os países é fundamental para minimizar os riscos.
Conselho de Segurança
De acordo com Amano, a informação é muito importante para identificar tendências, padrões e ameaças em segurança nuclear. O chefe da Aiea disse que 170 países estão cooperando para um base de dados sobre tráfico ilegal. O mecanismo monitora atividades ilegais com material nuclear. Ele disse que desde a criação do banco em 1995, mais de 2,2 mil incidentes foram notificados pela base.
No encontro de alto nível na Assembleia Geral, o presidente da casa, Vuk Jeremic, citou ainda a resolução 1540 do Conselho de Segurança. A medida impôs obrigações legais a todos os países para que aprovassem legislações prevenindo a proliferação de armas nucleares, químicas e biológicas.