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Ban anuncia estratégia integrada para lidar com questões do Sahel

Ban anuncia estratégia integrada para lidar com questões do Sahel

Plano inclui abordar questões de insegurança e prevenir crises em grande escala; primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe fala de dever de prevenir a proliferação do terrorismo, branqueamento de capitais e tráfico de drogas.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O Secretário-Geral anunciou o desenvolvimento de uma estratégia integrada para reforçar as capacidades de combate à insegurança no Sahel.

Falando esta quarta-feira, num debate de Alto Nível sobre a região africana, Ban Ki-moon referiu que o plano deve, igualmente, ajudar a prevenir e a responder a crises em grande escala.

Presidentes

O evento contou com a presença dos presidentes sul-africano, Jacob Zuma,  da Nigéria, Goodluck Jonathan, e a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton.

Em declarações à Rádio ONU, antes do debate, o primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Patrice Trovoada,  revelou que o país, que é vizinho da região, está atento ao evoluir da instabilidade.

Terrorismo

“Nós estamos atentos a aquilo que se está a passar, sabemos que o terrorismo tem várias ramificações e a questão do financiamento do terrorismo tem a ver com questões como o branqueamento de capitais, em alguns países, com o tráfico de drogas. Não são questões localizadas, num dado momento podem estar localizadas num certo país mas todos temos o dever de prevenir a proliferação de tais males”, disse.

No  anúncio, Ban Ki-moon indica que a estratégia vai ajudar países do Sahel para conter a ameaça terrorista, combater o crime organizado e controlar a proliferação de armas.

Tempestade

Para o Secretário-Geral, o Sahel está exposto ao que chamou tempestade perfeita de vulnerabilidade causadas por turbulências políticas, condições climáticas extremas e economias frágeis.

Além de problemas políticos a região é marcada por crises de insegurança alimentar, humanitárias e dos direitos humanos.

Capitais

O combate ao branqueamento de capitais está previsto na  iniciativa que deve ajudar a melhorar a gestão das fronteiras, promover a conciliação, a inclusão e a mediação para diminuir as tensões dentro e entre países. Os outros aspetos a serem cobertos são a promoção da governação democrática e o respeito pelos direitos humanos.

Ban pediu apoio internacional urgente para os povos e os governos da região do Sahel e lembrou que 18 milhões de pessoas estão afetadas por uma grave crise alimentar.