Relator da ONU diz que lei internacional não apoia violência em protestos
Em comunicado, Maina Kiai condenou manifestações violentas ao redor do mundo em resposta a filme ant-islâmico.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
O relator especial da ONU sobre os direitos à liberdade e à reunião pacífica condenou a violência que está ocorrendo, em várias partes do mundo, para protestar contra a produção de um filme considerado ofensivo a Maomé.
Em comunicado, emitido, nesta quarta-feira, Maina Kiai afirmou que as hostilidades, que já causaram várias mortes, durante as manifestações não são permitidas pelas leis internacionais de direitos humanos.
Destruição e Assassinatos
Segundo ele, os protestos devem ser pacíficos e não servir de desculpas para crimes. O relator disse que a destruição de propriedades e o assassinato de inocentes são totalmente inaceitáveis.
A alta comissária de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, afirmou estar profundamente chocada com o fato da perda de vidas e pediu que os autores sejam levados à justiça.
O relator especial ressaltou que os atos de violência não podem ser usados como pretexto para supressão da liberdade de manifestantes pacíficos em alguns países.
Maina Kiai encerrou a nota dizendo que “violência gera violência” e que o diálogo “tem que predominar em todo o tempo para assegurar o direito à liberdade e à reunião para todos.”