OMS quer apoiar controlo do consumo do tabaco em Moçambique
Diretor da agência para África manteve um encontro com a presidente do Parlamento de Moçambique; país proíbe o consumo do tabaco em lugares públicos há cinco anos.
Manuel Matola, da Rádio ONU em Maputo.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, prometeu dar o “máximo de informação necessária” para que o parlamento moçambicano ratifique a Convenção Quadro para o Controlo do Tabaco.
O diretor da agência para África, Luís Sambo, fez o anúncio à imprensa nesta segunda-feira, após uma reunião com a presidente do Parlamento de Moçambique, Verónica Macamo.
Informação
“Eu vim fazer advocacia junto da presidente da Assembleia para que o máximo de informação pudesse estar disponível para permitir a Assembleia de tomar a resolução que julgar mais conveniente”, declarou.
Por outro lado, a presidente da Assembleia da República de Moçambique considerou que “o país tem feito esforços” para a implementar o diploma.
Cautelas
“Em grande parte dos locais públicos não é permitido fumar, por exemplo, nos aeroportos e hospitais há cautelas neste momento, mas estamos convictos que vale a pena avançar para a ratificação”, referiu.
Em declarações à Rádio ONU, em Maputo, a presidente da Associação moçambicana de Saúde Pública, Margarida Matsinhe, fala de uma maior consciencialização pública em relação aos perigos o tabaco.
Saúde
“O que estamos a verificar no dia-a-dia é que realmente hoje não se fuma nos locais públicos, não é fácil cruzar com alguém na rua a fumar. Penso que esta é forma de consciência, mas gostaríamos que essa consciencialização das pessoas fosse efetiva em todo o mundo saber que o tabaco faz mal à saúde e além de fazer mal a saúde, mata”, explicou.
O decreto que proíbe o consumo do tabaco em lugares públicos em Moçambique vigora desde 2007.
A lei, que exige aos proprietários das casas de pasto que criem espaços específicos para fumadores e não fumadores, segue as recomendações da Convenção Quadro do Controlo do Tabaco da OMS.