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ONU pede calma, após manifestações contra “filme anti-Islão”

ONU pede calma, após manifestações contra “filme anti-Islão”

Alta comissária da ONU para os Direitos Humanos exorta a um “grande esforço” dos líderes religiosos e políticos; agências noticiosas falam de ataques em embaixadas de países ocidentais na Tunísia e no Sudão.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, pediu calma na sequência do que chamou “malicioso e provocatório filme anti-Islão”, que levou a protestos em cerca de 15 países.

Numa nota emitida esta sexta-feira, em Genebra, Navi Pillay  lança um apelo aos líderes religiosos e políticos para que façam o seu possível para acalmar os ânimos.

Filme

De acordo com agências noticiosas, embaixadas de países ocidentais na Tunísia e no Sudão foram atacadas por manifestantes ofendidos com o filme, que consideram ter sido “produzido nos EUA e que ridiculiza o Islão.”

Os mais recentes relatos da imprensa também dão conta da invasão do complexo diplomático dos Estados Unidos na capital sudanesa, Cartum, com ataques nas Embaixadas da Alemanha e do Reino Unido.

Incêndio

Grupos de manifestantes também teriam violado o complexo da Embaixada dos Estados Unidos na capital tunisina, Túnis, tendo provocado um incêndio no estacionamento do local, seguido de disparos da polícia.

Há também relatos de confrontos no Iémen e no Egito, além de distúrbios que teriam provocado um morto no Líbano.

Bengazi

No início dos protestos, nesta terça-feira, foram assassinados o embaixador e mais três funcionários diplomáticos norte-americanos na cidade líbia de Bengazi.

Para Pillay,  além de maliciosa, a produção é deliberadamente provocatória e retrata uma imagem distorcida dos muçulmanos.

A alta comissária condenou as mortes em Bengazi e outras reações violentas e destrutivas contra o filme, ao exortar a um “grande esforço dos líderes religiosos e políticos para restaurar a calma.”

Pillay congratulou o governo líbio pela promessa de levar os responsáveis pelas ações à justiça.