Aposta na agricultura para gerar empregos para jovens em África
Na África Ocidental, administradora da Organização da Nações Unidas para o Desenvolvimento fala de nova revolução para aumentar a produção agrícola; Brasil realça sucessos na coordenação com países africanos.
Eleutério Guevane da Rádio ONU em Nova Iorque.
O continente africano deve voltar a investir na agricultura com vista a criar empregos para jovens e mulheres, disse a administradora da Organização da Nações Unidas para o Desenvolvimento, Pnud, Helen Clark.
A antiga ministra neozelandesa encerra, este sábado, um périplo pela África Ocidental, no qual visitou o Benim e a Cote d´Ivoire, também conhecida como Costa do Marfim.
Sucesso
Experiências de sucesso no setor da agricultura em África foram, igualmente, referidas numa entrevista à Rádio ONU da embaixadora do Brasil em Genebra, Maria Nazareth Farani Azevêdo.
“Temos vários projetos na área da agricultura com países de língua portuguesa. Temos também o escritório da Embrapa, a nossa empresa de pesquisas agropecuária e os projetos de cooperação na área agrícola que o Brasil tem coordenado com países africanos têm sido bem-sucedidos. Há vários exemplos de projetos em Angola, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe.”
Práticas Agrícolas
Um dos pontos marcantes da visita da chefe do Pnud foi a inauguração do Centro Nacional de Songhai no Benim.
No local são combinadas práticas agrícolas tradicionais e modernas, com cursos de gestão e de responsabilidade comum para capacitar graduados em agricultura. Atualmente, apenas 17% da terra arável do país é cultivada.
Para Clark, África precisa de uma nova revolução para aumentar a produção agrícola. Seis centros similares devem ser criados aumentar a produtividade e criar emprego para até 10 mil jovens por ano.