Argentina confirma aumento na exportação de milho após seca nos EUA
Para diretor-geral da FAO, decisão de Buenos Aires de elevar em 2,75 milhões de toneladas do cereal prova que mundo não corre riscos de enfrentar nova crise alimentar; país é segundo maior exportador mundial.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
O ministro da Agricultura da Argentina confirmou que o país vai exportar 2,75 milhões de toneladas a mais de milho este ano. O anúncio de Noberto Yauhar foi feito na sede da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, em Roma.
A Argentina é o segundo maior exportador de milho e nos últimos três anos, foi responsável por 15% do total das exportações da commodity. Após o encontro, o diretor-geral da FAO destacou que a decisão “mostra não haver ameaças de uma nova crise global de alimentos.”
Estabilidade
José Graziano da Silva lembrou que “manter as reservas de segurança alimentar contribui com a estabilidade dos preços nos mercados domésticos.”
Já o ministro argentino falou que as perspectivas para a próxima safra de milho e soja são positivas. Segundo Yauhar, o país mantém uma reserva de 1 milhão de toneladas de milho e da mesma quantidade em trigo.
Quinoa
O diretor da FAO confirmou seu apoio à proposta da Argentina e da China de terem reservas de alimentos nos níveis regional e internacional. Graziano da Silva também discutiu com o ministro a importância de estimular a compra de alimentos locais.
A ideia é diversificar dietas, por meio de um maior consumo de feijão, mandioca e quinoa, uma estratégia que, segundo a FAO, poderia ajudar as populações mais pobres a lidar com a alta no preço dos alimentos.