Surto de hepatite E mata 16 refugiados no Sudão do Sul, indica Acnur
Autoridades citam inundações e consumo de água contaminada de superfície como principais fatores de risco; Acnur aumenta quantidade e disponibilidade de água potável.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Pelo menos 16 refugiados sudaneses residentes em acampamentos do Sudão do Sul morreram vítimas de um surto de hepatite E, indicou esta sexta-feira o Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur.
A doença viral ataca o fígado e é transmitida através do consumo de alimentos ou de água contaminada por fezes. As autoridades citam as inundações e o consumo de água de superfície como principais riscos.
Mulheres Grávidas
De acordo com a agência, mais de metade dos doentes tem entre 20 e 39 anos. A hepatite E é tida como particularmente perigosa para as mulheres grávidas, para as quais a taxa de mortalidade pode chegar aos 25%.
Cinco gestantes perderam a vida entre os 23 casos confirmados. Cerca de 104 mil refugiados estão abrigados em campos para sudaneses.
Em coordenação com parceiros, o Acnur disse estar a tentar melhorar as condições sanitárias nos acampamentos aumentando a quantidade e a disponibilidade de água potável.