Conselho de Segurança debate relatório sobre situação no Haiti
Um dos tópicos são os preparativos para as eleições legislativas, marcadas para o fim do ano, e a redução de tropas da ONU à medida que o país retoma a segurança.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
O Conselho de Segurança realiza nesta quarta-feira uma reunião para debater o relatório do Secretário-Geral sobre o Haiti.
A ilha caribenha conta com a força de paz da ONU, Minustah, desde 2004. O componente mílitar é liderado, atualmente, pelo general brasileiro, Fernado Goulart.
Eleições
Entre os tópicos do relatório estão as preparações para as eleições legislativas, marcadas para o fim do ano no Haiti.
O documento também menciona o combate à epidemia de cólera que já afetou mais de 580 mil pessoas desde outubro de 2010.
As Nações Unidas também estão analisando a redução de tropas de paz na ilha, uma vez que o país começa a retomar o controle da segurança.
Desdobramento
Nesta entrevista à Rádio ONU, a embaixadora do Brasil, Maria Luiza Ribeiro Viotti, falou sobre o papel do país neste processo como o maior contribuinte de tropas da Minustah.
“Nesse contexto, o Brasil irá, natualmente, adaptar seus contingentes em coordenação com o Secretariado da ONU e com os demais países que participam da Minustah. E isso é um desdobramento muito auspicioso que demonstra que o Haiti, pouco a pouco, volta à normalidade. Mas esta redução também é necessário que se faça de uma forma gradual para não prejudicar os avanços que vêm sendo obtidos.”
O Haiti continua dependendo da ajuda internacional, mais de dois anos após o terremoto que afetou o país. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, mais de 1 milhão de crianças em 3,2 mil escolas haitianas precisam de auxílio alimentar que vem do Unicef e do Programa Mundial de Alimentos, PMA.