Unesco quer medidas para melhorar segurança de jornalistas somalis
Agência indica que 18 jornalistas foram mortos no país nos últimos três anos; imprensa livre e independente é tida como “contributo essencial” para o diálogo e a reconciliação.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A diretora-geral da Organização da ONU para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, pediu medidas governamentais para melhorar a segurança dos profissionais da imprensa na Somália.
Em nota, Irina Bokova, lembra que 18 jornalistas foram mortos no país nos últimos três anos. O escritório da ONU para a Somália refere que, em média, um colaborador da imprensa perde a vida por mês.
Liberdade
A nota, emitida esta sexta-feira em Paris, sublinha que uma imprensa livre e independente é um “contributo essencial” para o diálogo e a reconciliação nacional, sendo “necessária para a democracia e para o Estado de Direito.”
Bokova lembra que o assassinato mais recente foi o do jornalista Mohamud Ali Keyre em Mogadíscio, a 12 de Agosto.
Ameaças
O profissional de 23 anos escreveu para o site horyaalmedia.com, após ter sido locutor da Rádio Voz da Democracia, sedeada na capital Mogadíscio.
Devido às ameaças de morte, Keyre teve de fugir para o Quénia, tendo regressado após ter considerado que a situação de segurança na capital da Somália tinha melhorado, segundo relatos da imprensa local.
No comunicado, a representante da Unesco refere que jornalistas devem ser capazes de manter o público informado na Somália, sem temer pela sua vida.