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Acesso universal à água potável é desafio mais difícil, diz Unicef BR

Acesso universal à água potável é desafio mais difícil, diz Unicef

Maior obstáculo são as desigualdades sociais segue sendo o mais difícil segundo agência, de acordo com o Fundo.

Camilo Malheiros Freire, da Rádio ONU em Nova York.*

O acesso de todos os habitantes do mundo à água potável permanece um objetivo difícil, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef. E para o Fundo, a “pior parte nessa luta ainda está por vir.”

Um representante do Unicef, Sanjay Wijesekera, disse de Estocolmo que quase 800 milhões de pessoas ainda não têm acesso à água  potável.

Meta Atingida

A Meta do Milênio de diminuir pela metade a proporção de pessoas que, na virada do século não tinham acesso à água potável, foi alcançado cinco anos antes. Já o objetivo sobre saneamento básico ainda não foi atingido.

Nessa entrevista à Rádio ONU, de Lisboa, a relatora especial das Nações Unidas para o Direito Humano à Água e ao Saneamento Básico, Catarina de Albuquerque, citou algumas áreas que receberam o recurso.

“Sabemos que o objetivo foi atingido fundamentalmente graças aos investimentos e aos avanços realizados tanto na China como na Índia. Isso quer dizer que quando olhamos para o continente africano, apezar de terem havido avancos, ainda há muito o que fazer.”

Segundo relatório do Fundo, entre 1990 e 2010, mais de 2 bilhões de pessoas já receberam o acesso à água.

A relatora afirmou que a eliminação total do número de pessoas carentes é bem mais complexa.

Desigualdades

“ O problema são as desigualdades. Isso quer dizer que muito do progresso que tem sido realizado, tanto em termos de água, como em termos de saneamento se verifica nas grandes cidades, em grandes centros urbanos. Isto que dizer que aquelas pessoas que vivem em favelas, ou que vivem em zonas rurais mais remotas têm sido esquecidadas não têm sido abraanjidas  no progresso que o mundo tem verificado ao longo dos últimos anos”. 

O Unicef disse que o acesso à água e ao saneamento básico depende do progresso na luta contra as desigualdades sociais. 

O Fundo projeta que, em 2015, até 605 milhões de pessoas continuarão sem acesso à água potável.

*Apresentação: Mônica Villela Grayley