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Haiti tenta voltar ao normal após passagem de tempestade tropical BR

Haiti tenta voltar ao normal após passagem de tempestade tropical

Comandante das forças de paz no país diz à Rádio ONU que a maior preocupação agora é com os desabrigados e com a contenção do cólera; pelo menos oito pessoas morreram, a maioria em acidentes com quedas de árvores e de postes de eletricidade. 

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

O Haiti está tentando voltar ao normal, nesta segunda-feira, após a passagem da tempestade tropical Isaque pela ilha, na madrugada de sexta para sábado.

Segundo o Escritório da ONU para Assistência Humanitária, Ocha, pelo menos oito pessoas morreram com as fortes chuvas e ventos. A Missão de Estabilização no Haiti, Minustah, informou que as mortes ocorreram por causa da queda de árvores e de postes de eletricidade.

Terremoto

De acordo com agências de notícias, o Isaque teria feito mais três vítimas fatais na República Dominicana.

O comandante militar da Minustah, general Fernando Goulart, contou à Rádio ONU, de Porto Príncipe, como está a situação nas ruas nesta segunda-feira.

“Hoje, aqui em Porto Príncipe, amanheceu pela primeira vez com sol sem nuvens. Está voltando à normalidade para a população. Eu estive aqui, estávamos todos a postos na sexta-feira à noite. Com a passagem, houve bastante chuva.”

Leitos

Segundo o Ocha, milhares de pessoas foram evacuadas dos abrigos temporários, que ainda persistem dois anos após o terremoto no Haiti. Ao todo, houve mais de 40 evacuações em várias partes do país.

Para o comandante Fernando Goulart, a maior preocupação agora é com conter o cólera, por causa da contaminação das águas.

“E agora, neste momento, em que os rios encheram e alguns saíram das suas margens, e vai demorar um tempo para que eles voltem aos leitos. É um período em que estamos alertas para a possibilidade de aumento de casos (do cólera) e vamos agir de acordo.

Louisiana

De acordo com agências de notícias, nesta segunda-feira, a tempestade está atravessando a Flórida com ventos de 105 km/h, a caminho do estado de Louisiana, onde pode chegar com força de furacão.

O governador de Louisiana, Bobby Jindal disse que a população tem que estar “preparada para o pior”.