Angola e Namíbia assinam declaração para combate à malária nas fronteiras
Representante da OMS no ato, celebrado em Angola, assinala o caráter de mobilização comunitária e da prevenção do risco de contração de outras doenças endémicas.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, testemunhou esta terça-feira, a assinatura de uma declaração bilateral entre Angola e a Namíbia, com vista ao controlo da malária nas regiões fronteiriças.
O documento foi rubricado, esta terça-feira, pelas ministras angolana da Saúde, Evelize Fresta, e a sua homóloga namibiana, Petrina Haingura, em Ondjiva, a capital da província do Cunene.
Mobilização
Falando a caminho da fronteira com a Namíbia, José Caetano, que representou a OMS no ato, assinalou o caráter de mobilização comunitária e da prevenção do risco de contração de outras doenças, previstos no acordo.
“Reafirma a vontade comum de (ambos os países) continuarem para o controlo e até e a eliminação de malária ao longo de outras fronteiras. Não falamos só da malária, mas também de outras doenças como o Sida, a Tuberculose e outras grandes endemias. Isso resulta de um compromisso que os dois países assumiram no quadro da SADC, e de um memorando assinado Agosto de 2011”, frisou.
Uma das áreas do pacto é estimular o uso, pelas populações fronteiriças, de redes mosquiteiras impregnadas com inseticidas para prevenir a malária.
A Declaração de Ondjiva, a ser implementada ao longo da fronteira comum, é tida como um passo para a Iniciativa Trans-Cunene para o Controlo da doença em Angola e na Namíbia.
O compromisso segue-se ao Memorandum de Namakunde assinado em Abril de 2011.