Atraso na composição do Parlamento Somali preocupa Nações Unidas
Secretário-Geral condena intimidação na Somália e pede que não haja ameaças ao êxito da transição, que termina a 20 de Agosto.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Secretário-Geral da ONU disse esta terça-feira, que está seriamente preocupado com os atrasos verificados na composição do novo Parlamento Somali.
Em comunicado, Ban Ki-moon condena os atos de intimidação e de violência ocorridos recentemente, e pede que estes não permitam que seja ameaçado o êxito da transição, que termina a 20 de Agosto.
Parlamento
O Roteiro para o Fim da Transição, elaborado em Setembro passado, prevê que 275 membros do Parlamento sejam eleitos até prazo, com o apoio de um comité técnico de seleção. A etapa faz parte do processo de paz e de reconciliação nacional no país, sem governo funcional desde 1991.
Em comunicado, Ban convida a liderança política da Somália, os anciãos tradicionais e outras partes a superarem as suas diferenças e atuar no melhor interesse do povo somali.
Intimidação
Por outro lado, o representante do Secretário-Geral para o país do Corno de África, Augustine Mahiga, apontou a ocorrência de atos de intimidação, corrupção ou de influência para “comprometer” o fim da transição.
Mahiga considerou que durante os últimos 10 meses várias categorias de elementos atuaram com interesse de manter ou estender a situação atual.
Sanções
O representante citou organizações, incluindo a União Africana e o Conselho de Segurança que podem “impor sanções para os que estejam identificados como estando por detrás dos retrocessos.”
Iniciada em 2004, a transição na Somália deveria acabar em 2008, mas foi prorrogada até 2010 antes de uma nova extensão para este ano.