Ásia-Pacífico perde US$ 90 bilhões com limites a mulheres na economia

Dado foi mencionado durante discurso do Secretário-Geral da ONU ao Primeiro Congresso Mundial de Parceria Global para Jovens Mulheres, em Seul, Coreia do Sul. 

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

As Nações Unidas estão intensificando ações para promover autonomia feminina em todo o mundo.

No mês passado, fez dois anos que a Assembleia Geral da ONU criou a ONU Mulheres, uma entidade dedicada à agenda feminina. Segundo dados da organização, mais da metade de todos os habitantes do planeta são mulheres.

Participação

Nesta segunda-feira, o Secretário-Geral, Ban Ki-moon, discursou para uma plateia de jovens mulheres em Seul, capital da Coreia do Sul.

Segundo Ban, a região da Ásia-Pacífico perde, todos os anos, cerca de US$ 90 bilhões, equivalentes a R$ 180 bilhões, devido a limites à participação de mulheres na economia, e à perda de produtividade.

Durante o discurso no Primeiro Congresso Mundial de Parceria Global para Jovens Mulheres, Ban contou que aumentou em 60% as nomeações de mulheres para cargos de subsecretárias-gerais da ONU.

Presidentes e Primeiros-Ministros

Segundo ele, a mudança de atitude tem que começar “dentro de casa”.

E lembrou que em cada 10 presidentes ou primeiros-ministros, menos de um é mulher.

E na Áfica Subsaariana, apesar de produzirem 80% dos alimentos da região, as mulheres continuam sofrendo com a pobreza e tendo que gastar grande parte do que ganham na compra de alimentos.

Em todo o  mundo, as mulheres contabilizam dois terços de todos os analfabetos.

E, a cada 90 segundos, uma mulher morre no mundo de complicações na gravidez ou no parto.