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Celebrado um ano sem registo de casos da pólio em Angola

Celebrado um ano sem registo de casos da pólio em Angola

Unicef, OMS e autoridades locais celebram o facto de não ter ocorrido qualquer registo do pólio vírus selvagem durante o período; realçado impacto do reforço do acesso aos serviços de cuidados primários de saúde.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Agências das Nações Unidas juntaram-se às autoridades de Angola para celebrar a passagem de  um ano sem o registo do pólio vírus selvagem, no que é tido como passo em direção à erradicação da doença contagiosa.

Em comunicado, a Organização Mundial da Saúde, OMS, o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, e o Ministério angolano da Saúde realçam o impacto do reforço do acesso aos serviços de cuidados primários.

Esperanças

Em declarações à Rádio ONU, de Luanda, o representante do Unicef em Angola, Koen Vanormelingen, abordou os desafios que se colocam para que a poliomielite seja considerada erradicada no país.

“Não devemos baixar os braços porque eliminar a pólio não é interromper por apenas um ano. Precisamos interromper por três anos seguidos para dizer que eliminamos a pólio. O ponto principal é reforçar a vigilância da parálises flácida mas completada com vigilância ambiental, reforçar a vacinação de rotina para que todas as crianças menores de um ano tenham vacinação completa,  incluindo organizar pelo menos duas campanhas com pólio, especialmente, para crianças menores de cinco anos.”

Criança

O caso mais recente da doença foi o de uma criança de 14 meses registado na província de Uíje, em Julho do ano passado. Na capital, Luanda, a pólio não ocorre desde Novembro de 2010.

A vice-ministra da Saúde de Angola,  Evelize Fresta, disse que campanhas contra a pólio envolvem cerca de 89% dos custos operacionais da instituição.

Ressurgimento

O país eliminou a poliomielite entre 2001 e 2004, mas tem sido assolado pelo seu ressurgimento desde Maio de 2005. Entre 2006  e 2008, a doença alastrou para a Namíbia epara os vizinhos Congo e República Democrática do Congo.

O número de casos da pólio teve uma queda de 33 em 2010, para cinco, em 2011.