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São Tomé e Príncipe em nova iniciativa florestal apoiada pela FAO

São Tomé e Príncipe em nova iniciativa florestal apoiada pela FAO

Projeto de monitorização florestal deve apoiar dez nações na Bacia do Congo; orçada em 6,1 milhões de euros, iniciativa visa apoiar matas que contribuem para a subsistência 60 milhões de pessoas.

[caption id="attachment_208269" align="alignleft" width="350" caption="Sistema vai melhorar monitorização florestal "]

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

São Tomé e Príncipe será abrangido por um novo fundo destinado a melhorar o sistema de monitorização florestal dos países da África Central.

A Organização da ONU para Agricultura e Alimentação, FAO, anunciou esta quinta-feira que a iniciativa orçada em € 6,1 milhões, deve apoiar dez nações da Bacia do Congo incluindo o Burundi.

Subsistência

Fontes de subsistência de cerca de 60 milhões de pessoas, as matas da Bacia do Congo estendem-se numa área aproximada de 200 milhões de hectares, sendo as segundas florestas tropicais primárias do mundo a seguir à Amazónica.

A FAO deve gerir o projeto juntamente com a Comissão para Florestas da África Central, em colaboração com o  brasileiro Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Inpe.

Desflorestamento

Entre 1990 e 2000, a taxa anual de desflorestamento da Bacia do Congo foi de 0,13% e duplicou entre 2000 e 2005. Apesar de ser relativamente baixa, a FAO aponta como principais  ameaças as mudanças do uso da terra, a exploração insustentável e a mineração.

A grande preocupação é a falta de informação atualizada sobre o estado atual das florestas na região e o impacto direto das ameaças. A FAO aponta igualmente a falta de controlo da variação da cobertura e das atividades de degradação florestal.

Propostas

O projeto vai ajudar os países a elaborarem propostas de financiamento para que sejam criados sistemas de monitoramento fiáveis e sustentáveis para cada caso.

O Fundo de Florestas para a Bacia do Congo, foi lançado com o financiamento dos governos da Noruega e do Reino Unido, através do Banco Africano de Desenvolvimento, BAD.