Após 20 anos, Estados Unidos abrigam maior encontro mundial sobre HIV
Conferência Internacional sobre Aids será realizada, pela primeira vez, em Washington; especialista da OMS lembra que governo americano retirou restrição à entrada no país de pessoas que têm o vírus.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
A Conferência Internacional sobre Aids começa, neste domingo, buscando enfatizar o compromisso global como “crucial para mudar o rumo da epidemia.”
Várias agências das Nações Unidas vão participar do encontro, incluindo o Unicef, o Unaids e a Organização Mundial da Saúde, OMS. O Secretário-Geral Ban Ki-moon vai enviar uma mensagem por vídeo na abertura do evento.
Restrições
Pela primeira vez, em 20 anos, a conferência será realizada nos Estados Unidos. Mais precisamente, na capital do país, Washington. A diretora de Direitos Humanos da OMS em Genebra, Mariângela Simão, explicou o motivo.
“Os Estados Unidos tinham restrições à entrada de pessoas HIV positivas, restrições de obtenção de visto para pessoas com o vírus. Alguns anos atrás, essa restrição foi retirada, de modo que essa conferência agora está sendo realizada em Washington. Há uma expectativa de que nessa conferência também seja discutida a situação da epidemia doméstica nos Estados Unidos, mas ao mesmo tempo é uma conferência global, em que os avanços e os desafios do enfrentamento da aids no mundo são apresentados e discutidos por um amplo espectro de pessoas.”
Pesquisas
A 19ª edição da conferência tem como tema “Virando a Maré Juntos”, em um momento, onde a ciência “apresenta resultados promissores sobre o tratamento do HIV e a prevenção biomédica.”
A afirmação é da Sociedade Internacional da Aids, organizadora do encontro, que ocorre a cada dois anos. Considerada a maior conferência mundial sobre HIV, devem participar 25 mil pessoas, entre representantes de governos, sociedade civil, cientistas e pessoas que convivem com o HIV.