OIT diz que zona do euro pode perder mais 4,5 milhões de empregos
Relatório sugere que governos precisam adotar medidas para criação de postos de trabalho; área tem 17,4 milhões de desempregados.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
Mais de 22 milhões de pessoas podem perder o emprego na zona do euro caso não haja políticas para reverter o quadro atual. O alerta foi feito pela Organização Internacional do Trabalho, OIT, num relatório divulgado nesta quarta-feira.
Segundo o documento “Crise de Trabalho na Zona do Euro: Tendências e Política de Resposta”, o número poderia subir já nos próximos quatro anos.
Treinamento
A agência da ONU recomenda aos governos adotarem medidas para criação de empregos. Uma delas é investir em treinamento de jovens que estão fora do mercado de trabalho.
Nesta entrevista à Rádio ONU, a representante da OIT, em Nova York, Telma Viale, falou sobre a situação.
“Tem alguns exemplos de países, onde os jovens não estão trabalhando nem estudando. E as propostas são para que eles tenham treinamento que ajudará eles a encontrar trabalho. E uma outra proposta é ter mais diálogo social. Há coisas positivas que podem ser feitas ainda. O risco está aí, mas tem soluções.”
Desde 2010, o desemprego aumentou em mais da metade dos 17 países da zona do euro. Ao todo, são mais de três milhões de desempregados entre pessoas de 15 a 24 anos.
Alemanha e Bélgica
Mais de um terço dos europeus em idade produtiva na zona do euro estão desempregados ou fora do mercado de trabalho, e o desemprego prolongado também está aumentando.
A situação é mais grave no sul da Europa, mas até mesmo em países onde o emprego estava crescendo entre eles Alemanha e Bélgica, já aparecem sinais de que o mercado de trabalho possa estar se enfraquecendo.