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Moçambique fala de expectativas em torno da adesão ao código antipirataria

Moçambique fala de expectativas em torno da adesão ao código antipirataria

Em entrevista à Rádio ONU, alto-comissário do país no Reino Unido anuncia envolvimento de técnicos internacionais com autoridades; OMI confirma Moçambique como o mais novo signatário do código de Djibuti.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Moçambique diz acreditar que o levantamento de necessidades para combater a pirataria marítima no país vai ajudar a capacitar profissionais e instituições para o combate ao fenómeno.

O alto comissário de Moçambique no Reino Unido, Carlos dos Santos, falou à Rádio ONU após assinar a adesão ao código de Djibuti, que prevê reprimir ações dos piratas no Oceano Índico, no Golfo de Aden e no Mar Vermelho.

O diplomata anunciou a deslocação ao país de técnicos da Organização Marítima Internacional, OMI.

Capacitação

“Está a seguir para Maputo uma equipa da Organização Marítima Internacional, que vai trabalhar com as nossas autoridades na criação de condições para uma melhor capacitação humana e institucional para o país. É um dos primeiros benefícios. Mais importante do que isso, é todo um trabalho conjunto que vamos passar a fazer com outros membros na Costa do Índico, vamos trocar experiências com outras regiões como a zona da Ásia, que já criou mecanismos de combate à pirataria”, indicou.

Carlos dos Santos assinou a adesão de Moçambique, em Londres, que fez do país o 20º membro do pacto em vigor desde Julho de 2009. O ato ocorre após o registo de vários ataques atribuídos a piratas somalis contra  embarcações ao lago da costa moçambicana.

Comunicação

De acordo com a OMI, o acordo pretende, igualmente, facilitar tanto a comunicação como as condições dos signatários com vista a deter ações dos piratas, a sua prisão ou que estes sejam levados à justiça.

O documento também visa melhorar a capacidade das guardas costeiras e garantir uma consciência marítima nos Estados afetados pela pirataria, indica a OMI.