Destacadas áreas de cooperação entre Sudão do Sul e membros da Cplp

Diplomata português que integrou o Painel de Monitorização do Referendo sudanês diz que bloco pode partilhar experiência de guerras e de crescimento económico.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, António Monteiro, disse que o Sudão do Sul pode beneficiar da experiência das nações de língua portuguesa, com vista ao desenvolvimento.

O país celebra, a 9 de Julho, o primeiro aniversário da independência obtida do Sudão como parte uma consulta popular que ditou a separação entre ambos. O desfecho foi parte do acordo que pôs termo a mais de duas décadas de conflito.

Cooperação

António Monteiro, que fez parte do painel da ONU para a monitorização do referendo, enumerou à Rádio ONU, de Moscovo, as áreas de possível cooperação entre os sul-sudaneses e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

“Na parte dos nossos países irmãos da Cplp, sofreram na pele os efeitos de guerras terríveis: coloniais e civis, que marcaram profundamente os países, que prejudicaram o seu desenvolvimento atempado mas que, felizmente, são factos do passado e hoje em dia temos, de facto, são economias possantes e afirmativas como é o caso, não apenas de Angola e Moçambique, mas de Cabo Verde que é um sucesso, de São Tomé que se tem desenvolvido e do Brasil que está agora entre uma das grandes potências mundiais. Nós temos uma experiência rica que pode também servir para os nossos irmãos do Sudão do Sul”, indicou.

Progressos

Entretanto, a enviada especial no país, realçou progressos em áreas como a inclusão política e aprovação de peças fundamentais de legislação.

De acordo com Hilde Johnson, o desafio é ajudar a cimentar as bases de um novo Estado em vários setores de intervenção, bem como conceder apoio contínuo na construção do novo Estado.